* COMO AS FLORES
Nos mais profundos recantos
Da minha alma vasculhada
Paira uma ausência enorme
De meu puro acreditar na loucura
De uma alma variante e pobre.
Na mulher que sou
Existe uma criança crédula
Uma longa espera
Que um dia Deus me dará
A resposta certa.
Nada nesta vida fica obscuro,
É uma lei maior que rege o mundo,
De tudo me sobrou o espanto
Do amor sentido que perdeu o encanto.
Meu coração não abraça o ódio,
Sou feita de amor e melancolia
Sou um simples grão de poesia,
Que brota na minha alma sem malícia.
Tudo hoje é passado!
Morto ficará nas páginas de um livro,
Que nasceu da minha vida em teus delírios,
Pura e clara como a brancura de um lírio.