Como um doce sentimento que se quebra.
Como um raro movimento que não se repete...
Como o rio que vai embora e não precisa de empurrão.
É coisa simples que flui, sem medo de parecer errada,
sem desejo de acontecer mais tarde.
Certas coisas não precisam ser
coladas depois que elas vão ao chão e se separam,
em pequenos pedacinhos.
Não precisam de amparo,
não precisam de aconchego.
É como o amor que um dia vem com força de avalanche!
E um dia vai embora com um porta que
se fecha e uma chave jogada em um canto gaveta.
É o momento que se foi, só porque você piscou!
É o vento que soprou e levou pra
longe aquela última folha da primavera.
É como a estrada que te leva,
pra outros rumos, outros caminhos.
É a mão que te guia.
É a ideia que te acompanha e te abre a cabeça.


E se eu acordar em uma bela manhã,
mas não estiver feliz?
E se eu sentir vontade de ir embora?
E se minha cabeça estiver cheia
de coisas que não me fazem bem?
E se, eu simplemente, estiver cansada de tudo?
Talvez eu não tenha o direito de desanimar, pelo menos uma vez.
...Talvez as pessoas nos decepcionam
hoje e você precisa fingir que não viu,
não ouviu, ou que aquilo realmente
não abala o seu senso de humor.
E estou cansada! De tudo.
Meus olhos que por alguém

Deram lágrimas sem fim

Já não choram por ninguém

- Basta que chorem por mim

Arrependidos e olhando

A vida como ela é,

Meus olhos vão conquistando

Mais fadiga e menos fé.

Mas se as coisas são assim,

Chorar alguém - que loucura!

- Basta que eu chore por mim.

(a.d)