Além de Tudo

Felicidade

Acredito que a felicidade
Esconde-se atraz das pequenas coisas.
Que as coisas mais lindas desta vida
Estão, normalmente, onde deixamos de observar.
Acredito no amor,
Na ternura, na compaixão,
No respeito, na sinceridade
e no privilégio de perdoar e ser perdoado.
Acredito na paz…
Na paz interior,
Que me livra de mim mesmo,
Que me envolve e me liberta.
Acredito no sorriso
Que despeja alegria
Que libera motivação,
Que nos faz movimentar.
Acredito no Céu,
Onde não haverá dor,
Não haverá choro, nem pranto,
Nem ranger de dentes.
Acredito na vida,
Onde a morte não impera,
Onde os problemas são oportunidades
Para crescermos.
Acredito na amizade
Que nos levanta quando caímos,
Que nos atende quando necessitamos,
Que está junto, nas horas boas e ruins.
Acredito em Deus,
Que me criou, me formou,
E me fez perceber
Que é possível viver intensamente.
*a.d*

ALGO MAIS... UMA LUZ, UM AMOR –

O Amor viaja...
E derrete os corações.
E quem pode explicar isso?
O que se sente nos recônditos da alma.

Um chamado silencioso...
Que só o coração escuta.
Como uma música linda, feita de estrelas.
E o Céu onde elas estão é dentro da gente.

Ah, Meu Pai, só o Senhor compreende isso.
Algo que vem dentro do peito, feito um sol.
Que faz a gente ser médium do Amor.
Que viaja, por entre os planos...

Algo que faz a gente pensar no infinito.
E vibrar no Bem, dos homens da Terra, e além...
Que faz a gente agradecer o dom da vida.
Que faz a gente chorar bem quietinho...

Ah, que Força Sutil é essa... Tão serena e magnânima?
Poderosa e pacífica; incomensurável e simples; tão doce...
Que vem para dentro da gente como um sussurro terno.
Como quem embala o sono do filho nas asas do sonho.

Os mistérios da vida cativam os sentidos do homem.
Mas os mistérios do coração são maiores do que a gente.
E, maior ainda, é esse “Amor Que Ama Sem Nome”.
Que a gente sente sem saber como e nem por que.

Ah, que doçura é essa, Meu Pai do Céu?
Que faz a gente ver os espíritos, além, todos bem vivos...
Gente que conhecemos aqui na Terra, e que hoje mora lá nas estrelas.
Gente extrafísica, que também sente a mesma doçura.

O Amor viaja...
E transforma os olhos da gente em estrelas.
Então, vemos o infinito, cheio de gente.
Gente daqui e de lá, vivendo no Coração do Eterno.

Ah, Grande Espírito, só o Senhor conhece a todos os mistérios...
Aqueles do infinito, e também aqueles que estão dentro da gente.
Como essa doçura, que derrete o coração da gente.
Que desce aqui e entra sem pedir passagem.

Que faz a gente chorar quietinho, mas sem dor alguma.
Que lava a alma, nossa e dos outros, nas lágrimas luminosas.
Então, o peso do mundo fica mais leve dentro da gente.
E também além, elevando os espíritos às estrelas.

O Amor viaja...
Por todos os planos, e nos corações, em toda gente.
E isso é assim... Não se explica, só se sente.
E só o Papai do Céu é que sabe a verdade sobre isso

Com Gratidão.
Paz e Luz.


*Wagner Borges *

(Toques Serenos Beijando as Praias Secretas do Coração)

Ah, bem poucos escutam a canção do espírito em seu próprio coração.
E, por isso, vemos tantas pessoas perdidas em si mesmas.
Esquecidas de sua essência espiritual, elas se deixam levar por aí...
E seguem batendo cabeça, sem noção de alguma coisa maior na vida.
No entanto, tudo tem um preço. E esse é o mais caro de todos.
Sim, custa muito caro viver anestesiado diante de si mesmo.
Porque o vazio de consciência dói muito mais do que se pensa.
E nada do mundo pode completar um coração sem luz.
Nem homem ou mulher. Nem dinheiro, bebidas ou posses.
Porque ninguém compra amor real ou consciência serena.
E não existe remédio algum que cure as feridas do coração.
E alguém que sequer conhece a si mesmo, facilmente perde o rumo.
Contudo, a canção do espírito permeia a tudo e a todos.
E, quem a escuta, sente algo mais, mesmo que nada possa provar.
Sim, algo mais... Uma Luz; um Amor; e alguns toques secretos.
Ah, quem sente o Sopro Vital do Eterno em seu coração, reconhece isso.
E, mesmo diante das provas do mundo, permanece fiel ao espírito que é.
E nem a iminência da morte pode tomar o Amor que está em seu coração.
Porque a canção do espírito fala de coisas que estão além...
E de outras, que estão dentro do próprio Ser... Em sua essência.
E mais: fala de consciência. E de estrelas que brilham nos olhos.
Ah, viver não é só comer, beber, dormir, copular, e um dia morrer.
Não é só isso, não. Também é pensar, sentir e fazer o melhor possível.
Porque há algo mais, dentro e fora de cada Ser... Uma Luz, um Amor...
E não dá para pesar ou medir isso, mas dá para sentir e se tocar.
Ah, dá sim! E ninguém precisa ver ou saber. E, se o próprio coração sabe...
Então a canção é ouvida, em espírito... Junto com a Luz e o Amor.
E não há dinheiro no mundo que pague isso. E nem ninguém que explique.
Porque a canção do espírito fala do despertar da consciência.
Ah, isso não se explica, só se sente... Uma Luz, um Amor e toques sutis.
Sim, algo mais... Que transforma os olhos em estrelas e o coração em sol.
E que é capaz de ver o Divino nas coisas simples, e o Eterno no transitório.
Há algo mais, dentro e fora, e além... Uma Luz, um Amor.
E, quem ama, sabe. E continua escutando a canção do espírito...
E ela fala de consciência e de que vale a pena viver, aqui e além... Sempre!
P.S.:
Eu nada sei dos mistérios do universo.
Só sei de mim mesmo, e olhe lá!
Mas, às vezes, eu escuto uma canção espiritual.
E ela fala de algo mais...
E eu a escuto em meu coração.
E, junto com ela, vem uma Luz e um Amor.
E alguns toques secretos.
E eu me sinto tão pequeno.
Porque eu sei que o Infinito canta...
E quando eu escuto, escrevo o que sinto.
Há algo mais... Sempre!
E eu não sei mais o que dizer.
Porque tem uma Luz aqui, e um Amor.
E uma sabedoria interna, que me diz:
"Vive, ama, ri, estuda, trabalha, cresce e segue..."
(Não dá para provar, mas que tem algo mais, tem sim...)
Ah, Grande Arquiteto Do Universo, valeu, por tudo!
(Dedicado a você, seja lá quem for, e que me acompanhou por essas linhas e sentiu, junto comigo, o coração fremindo nas ondas do espírito... Muito além, algo a mais, dentro e fora... Ah, você sabe. Uma Luz, um Amor.)
Com Gratidão.
Paz e Luz.
Wagner Borges

O caminho do coração



O caminho do coração

A palavra coragem é muito interessante. Ela vem da raiz latina cor, que significa “coração”. Portanto, ser corajoso significa viver com o coração. E os fracos, somente os fracos, vivem com a cabeça; receosos, eles criam em torno deles uma segurança baseada na lógica. Com medo, fecham todas as janelas e portas – com teologia, conceitos, palavras, teorias – e do lado de dentro dessas portas e janelas, eles se escondem.

O caminho do coração é o caminho da coragem. É viver na insegurança, é viver no amor e confiar, é enfrentar o desconhecido. É deixar o passado para trás e deixar o futuro ser. Coragem é seguir trilhas perigosas. A vida é perigosa. E só os covardes podem evitar o perigo – mas aí já estão mortos. A pessoa que está viva, realmente viva, sempre enfrentará o desconhecido. O perigo está presente, mas ela assumirá o risco. O coração está sempre pronto para enfrentar riscos; o coração é um jogador. A cabeça é um homem de negócios. Ela sempre calcula – ela é astuta. O coração nunca calcula nada.

(...)
O que é a mente? É tudo o que você conhece. É o passado, o que está morto, o que já foi. A mente não é nada mais do que o passado acumulado, a memória. O coração é o futuro; o coração é sempre a esperança, o coração é sempre algum lugar no futuro. A cabeça pensa no passado; o coração sonha com o futuro.
O futuro ainda está por vir. O futuro ainda está por ser. O futuro ainda é uma possibilidade – ele virá, está pronto para vir. A todo instante, o futuro está se tornando presente e o presente se tornando passado. O passado não tem nenhuma possibilidade, você já se serviu dele – ele está esgotado, é uma coisa morta, é como um túmulo. O futuro é como uma semente; está vindo, sempre vindo, sempre alcançando e encontrando o presente. Você está sempre em movimento. O presente não é nada mais do que movimento em direção ao futuro. É o passo que você já deu; é avançar em direção ao futuro. ( Osho:Coragem,p.16 e 17).

Lembre-se de uma coisa: a mente costuma interferir e não dá ao amor seu infinito e seu espaço. Se você realmente ama uma pessoa, dá a ela espaço infinito. Seu próprio ser é só um espaço para ela crescer e com o qual crescer. A mente interfere e tenta possuir a pessoa, então o amor é destruído. A mente é muito gananciosa – a mente é ganância. A mente é muito venenosa. Portanto, se alguém quer entrar no mundo do amor, tem de deixar a mente de lado. Tem que viver sem a interferência da mente. A mente é útil quando está no seu devido lugar. Ela é necessária no supermercado; não no amor. E necessária quando você está preparando o seu orçamento, mas não quando está circulando no seu espaço interior. É necessária na matemática; não na meditação. Portanto, a mente tem sua utilidade, mas essa utilidade é simplesmente irrelevante. Então seja cada vez mais amoroso... incondicionalmente amoroso. Seja amor. Seja uma abertura – seja só amor.

Quanto mais destemida for a pessoa, menos ela usará a mente. Quanto mais medo ela tiver, mais usará a mente.

(Osho:Coragem, p.90)

O AMOR QUE SOMOS

Diante do mar tão azul, com nuances de verde, cheio de manchas brancas que vão e vêm, suspirando uma brisa suave que nos acaricia... Não há como não sentirmos o Amor que nos criou!

Sendo tocados por alguém que nos ama com ardor e gentileza, por quem sentimos o mesmo doce sentimento, não podemos deixar de acreditar neste Amor que nos alimenta todo o tempo e que é ao mesmo tempo vida atual e despedida!

Contemplando flores coloridas que se abrem sem cobranças, que perfumam o ambiente em torno e que nos harmonizam com nossa beleza interior, vivemos este Amor!

Num momento de silêncio, compartilhado com alguém que nos percebe intensamente e por quem sentimos uma afinidade muito grande, entramos em contato profundo com este Amor!

No sorriso de uma criança pura e entregue ao momento de alegria que vai passando, num aperto de mãos sincero e carinhoso, num olhar que muito diz, vivenciamos momentos de verdadeiro Amor!

Quando os problemas nos chegam, difíceis de serem resolvidos, fazendo-nos inquietos e mexendo com nossas emoções, é buscando este Amor, que podemos nos harmonizar, para seguirmos adiante, até mais conscientes.

Quando falta o pão de cada dia, quando vivenciamos a partida saudosa de um coração amigo, nas carências de toda sorte, só este Amor pode nos alimentar!

Nas vitórias de filhos que ajudamos a nascer e nas lágrimas de alegria que tantas vezes deixamos rolar, o Amor se mostra atuante, exultante!

Na ausência de companhia que ocupe um lugar importante ao nosso lado, quando sentimos falta de um toque amigo e caloroso que nos agasalhe, este Amor se mostra presente em nós, demonstrando que solidão não existe, para todo aquele que se reconhece fruto dEle!

Quando fica escuro em torno de nós, por qualquer razão, o Amor é aquela Luz que surge em nossa consciência, trazendo junto a Esperança em momentos melhores, logo à frente!

O Amor, enfim, é embriagador, envolvente, sereno, terno, nutridor, é força e entrega, é a paz que ganha guerras. Vivendo n'Ele jamais nos deixaremos abater por muito tempo.

O Amor promove um contato visceral, profundo, enriquecedor; nosso verdadeiro casamento, nosso alento vital, muito fácil de ser feito, pois Amar é Viver!
Só não conhece este Amor quem está morto, mesmo que ainda num corpo de carne. Esta pessoa pode respirar, mas não sente o sopro da Vida que entra e sai dela, não se reconhece, não compreende ainda o que faz por aqui, quem é e para onde se dirige.

Neste jardim interior que cada um de nós tem em si mesmo, a todo instante o Amor procura podar folhas secas e ervas daninhas - através do perdão, da compreensão, da paciência, do silêncio das ofensas, da gentileza... Os ganhos que conseguimos aí se exteriorizam rapidamente em nossas vidas.

O Amor, em nós, quanto mais vivo mais é de ajuda para o Todo. Quanto mais amamos, mais nos integramos no Um que Somos!
*RODRIGO GOSTON D' FERNAND *

Farei o possível para não amar demais as pessoas



Farei o possível para não amar demais as pessoas,
sobretudo, por causa das pessoas.
Às vezes o amor que se dá pesa,
quase como uma responsabilidade na pessoa que o recebe.
Eu tenho essa tendência geral para exagerar,
e resolvi tentar não exigir dos outros senão o mínimo.
É uma forma de paz... Também é bom porque em
geral se pode ajudar muito mais as
pessoas quando não se está cega de amor.

*Clarice Lispector*