Tristeza
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro;
Como as horas de um longo pesadelo,
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como um desterro de minha alma errante,
Onde fogo insensato a consumia…
Só levo um saudade – é um desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade – é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas…
De ti, ó minha mãe, pobre coitada,
Que por minha tristeza te definhas!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz – e escrevam nela:
Foi poeta, sonhou e amou a vida…
(Alvares de Azevedo)
Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro;
Como as horas de um longo pesadelo,
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;
Como um desterro de minha alma errante,
Onde fogo insensato a consumia…
Só levo um saudade – é um desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.
Só levo uma saudade – é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas…
De ti, ó minha mãe, pobre coitada,
Que por minha tristeza te definhas!
Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecida,
À sombra de uma cruz – e escrevam nela:
Foi poeta, sonhou e amou a vida…
(Alvares de Azevedo)
*-*
Sinto muito
Sou diferente mesmo.
Gostem ou não, certo ou errado,
amado ou não.
Ouço e sou mutante, em nada radical,
assumo minhas convicções.
Escrevo meus delírios,
meus choros e meus risos.
Amo e des-amo.
E não tenho mais dúvidas,
Apenas a sombra delas.
Sou, nem sempre estou.
Gosto de lugares,
o que não me permite raízes.
Me transporto para onde ainda não existo,
Em belos desencontros
com amores que já tive.
E sinto muito...Saudades!
Falta não!
(a.d)
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