AS ÁGUAS DA CHUVA
Aquele ar fresco
que toca as horas de inquietação
quando falta luz e enxergamos vultos
rodopiando mansinho, nas noites frias,
pela falta de respostas do que virá depois.
Tem dias que o vento
sopra certezas pelo caminho,
seguimos em frente
e quando viramos a esquina
percebemos que um silêncio misterioso ocupa todos os lados.
A alma geme e suspira.
Enquanto as gotas geladas
despencam das nuvens do céu
uma sensação de esperança
acalenta nossas incertezas.
É como se o tempo reservasse
um momento especial
onde pudéssemos sentar
e esperar a vida misturar-se
às águas da chuva.
*Fabiana Gomes da Silva*