Sempre me senti diferente


Sempre me senti diferente dos outros.
Não mais bonita, não mais inteligente,
não mais especial, não mais esperta,
não mais maluca, não mais legal,
apenas diferente.
Sou diferente na forma de sentir,
tudo que me toca, me toca fundo.
Tudo que me alegra, me alegra muito.
Tudo que me dói, dói forte, corta.
Nunca tive muitos
freios em matéria de sentimento.
Sempre que eu quis ir, fui.
Muito me estrepei.
Sempre que quis falar,
falei. Muito me ralei.
Aprendi um pouco a calar,
a tentar respirar fundo e pensar.
*a.d*

Tenho tentado


“Tenho tentado me
estressar menos,
sorrir mais.
carregar menos
o mundo nas costas,
dormir em paz.”

*Clarissa Corrêa*

Quero olhar pra ele e sentir que sou a única

“Quero olhar pra ele e
sentir que sou a única.
E especial.
Mesmo com TPM.
Mesmo com mau-humor.
Com minhas esquisitices amorosas.
Minhas crises existenciais.
Minhas filosofias de
barzinho com cadeira de ferro.
Meus defeitos.
Meu jeito infanto-adulto.
Quero que ele entenda que
às vezes meu sorriso é forçado.
E que às vezes dou risada
pra segurar aquela lágrima idiota.
Quero que ele perceba meu sorriso trêmulo.
Quero que ele segure a minha
mão e diga que tudo vai ficar bem,
mesmo que a gente
saiba que está tudo estranho.
Não quero nada fugaz e sem sentido
(mesmo que eu seja uma
pessoa sem sentido/
com sentido/meio sentido/pouco sentido).
Não quero nada apressado,
apesar de eu ter pressa danada de viver.”

*Clarissa Corrêa*