Um dia verás o quanto estás perdendo
por não viveres teus sentimentos,
por dares ouvidos apenas a voz da razão...
nesse instante certamente uma
lágrima silenciosa turvará o teu coração...
(Regina Azenha)

tapei-te os olhos...

Tapei-te os olhos...Cativei a tua atenção...
Li-te este belo poema em jeito de canção...
E transbordando de emoção...
Pedi-te que em teu coração...
Decifrasses o profundo
Eu com toda a tua dedicação!
O Eu que tão perdido andava...
O Eu que tanto procurava...
O Eu que te encontrou...
O Eu que na sua fortaleza se fragilizou...
Quando pelo mundo tanto buscou...
Um outro Eu que pudesse um dia ser também seu...
"Quem busca sempre alcança"...Não de um acaso,
mas por uma razão da vida...
O contacto e a conquista foram desde logo sentidos...
O calor que percorreu meu corpo foi sinal...
O entendimento comungado num efémero espaço de tempo...
O muito querer e de um jeito meio sem querer nada dizer...
A dor de desde logo te ver partir a cada centímetro que nos afastava...
Por muito que o quisesse calar...
a sua força acabou por se revelar...
... palavra que nunca usei...
que não te enganes e penses que não sinto...Não!...
É uma palavra que não se usa...
é sim um sentimento que se sente...Como?
como saberei o que sentes se não me dizes?...
O melhor é mesmo mostrar... demonstrar...
descrever...O Sol brilha... mas longe do brilho do teu olhar...
A saudade aperta... o peito dói...
A liberdade chega...
os meus olhos vêm os teus...
A alegria inunda o meu ser...
E nada mais consegui escrever...
Apenas fico a sentir... a sentir-te...
E nesses momentos a certeza do
que sinto...Sentimento belo e único que me faz voar...
Voar para lá do horizonte e do atingível...
(a.d)
"Me permitir ser um pouco insignificante.
E na minha insignificância,
poder acordar um dia
mais tarde sem dar explicação,
conversar com estranhos,
me divertir fazendo
coisas que nunca imaginei,
deixar de ser tão misteriosa pra mim mesma,
me conectar com as minhas
outras possibilidades de existir."
(a.d)

EN PASSANT...

Passando aqui só para ver o meu amor
bailando nos compassos de tua canção
tão doce que pareço o meu feliz
cantor numa ária de amor vibrando o coração
passando aqui de novo para relembrar
tantas foram as primaveras sem verão
perdidas da esperança de poder voltarao
leito de descanso dessa compulsão
de reviver o teu amor sem sofrimento
ainda que amar te seja apenas ilusão:
passando só para falar do sentimento
e todo esse lamento de não ter razão.
(Afonso Estebanez)

Sonhos Aparentes

Sou a canção que foge lenta
num cheiro mais de lassidão
que a brisa das tormentas
Olhando o mundo,
sou apenas um espectro
que refugia todo o meu eu
do qual fujo só
Entrego-me aos braços do vento
divina imensidão das cores,
as certezas que abalam,
antes do principioou depois do fim
(Michael Garmach)

COMPLEXIDADE

A palavra que transcende
sentimentosé mais precisa e veloz
que o amor e a dor
Escrevo com a voz calada
versos de poemasdo amanhã
que nunca chega
opostos ao tempo de momentos eternos
Indago a complexidade
do entender da vida,
como se a dúvida
fosse a convicção,
pouco importando se dela me ausento
pela vertente da ilusão
(Conceição Bentes)

CONCISA

Olhos que passam sem ver
vidas que morrem pra renascer
vivem sortilégios da verdade
que valse iam nos ares iluminando "luares"
Pelas esquinas do mundo em cada piso,
em cada chão levam rostos perdidos
marcados na contradição
Do romantismo saudoso
passo a pensar e viver
,um estado libertário dispersivo e pesaroso,
esse é meu novo proceder
(Conceição Bentes)

Poesia

Com a inquietação de toda a vida que se aproxima
Desce também sobre mim o destino implacável como a noite
Colhendo tudo de surpresa, chegando de cima.
O vento joga no meu rosto as sombras das vozes passadas,
Os ruídos eternos, o eco dos inextinguíveis silêncios
Nascidos das confissões estancadas.
Vazios e inúteis como as vigílias sem cansaço
São meus pedidos de auxilio para uma germinação estranha de ímpetos
Que correm para mim, semeados no espaço.
Meus sentidos se prolongam na agonia da tarde
Procurando encontrar na treva da noite
O fim misterioso e sem alarde.
Minha existência é o ultimo pensamento no estertor do suicida
Que abraça a morte Esperançoso de vida.
(Adalgisa Nery)

Cristal

Cultivo a minha rosa no mais puro cristal,
mas uma febre me rói pétalaa pétala
com uma fome louca e da flor resta a jarra solitária.
Um cavalo galopa no meu peito,
com seus cascos de fogo me transporta ao delírio,
à neblina da memória.
Tenho uma cruz na boca,
tenho terranos olhos e uma noite me solapa cruel,
sorrindo escárnio e pus e campa.
Leva-me a insânia numa sem regresso
viagem pelos pântanos escuros
da alma em sua procura esconsa e azeite
e sei quem sou na forma do poema.
(José Carlos Brandão )

O DOM DE SONHAR

O DOM DE SONHAR
A esperança engana.
Mente o sonho.
Eu sei.
Que mentiras lindas
eu mesma inventei
e contei pra mim ...
(Helena Kolody)

Não sei porque, quando canto,

por mais alegre a canção,

tem uma gota de pranto

que vem do meu coração.

(Adelmar Tavares)

As Lendas da Sexta-feira 13. Faça Magia sim!

As Lendas da Sexta-feira 13. Faça Magia sim!
Existem váris histórias a respeito da sexta-feira 13.
Uma delas é a crença que surgiu entre os Celtas, antigo povo europou. Segundo eles, a deusa do amor, Friga, estava insatisfeita com a conversão de seus fiéis ao cristianismo.
Para se vingar, ela passou a se reunir todas as sextas-feiras, com mais 12 pessoas, para rogar pragas contra seus antigos seguidores.
E foi a partir de histórias como esta, que o 13 passou a ser considerado o número do azar.
Faça magia na sexta-feira treze, pois só assim vamos inverter o significado deste dia.
E, toda magia feita, deve ser para o astral do planeta. As bruxas tendem a se unir exatamente por este motivo.
Respeito e paz no mundo. Wicca agradece!
“Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.”
(Albert Schweitzer)

Lenda***** " Não Durma "

" Não Durma "

:: Seu nome era Samira. Era uma bela garota nascida em Israel, pele morena, cabelos longos e lisos, olhos negros e profundos. Parecia uma garota normal, mas tinha pesadelos. Terríveis pesadelos, cuja culpa colocava nas guerras de seu país. Quando ela completou quatorze anos, seus pais resolveram vender a casa e se mudaram para Londres, na esperança de ajudar a filha. Como estavam enganados. Nas noites que se seguiram, os pesadelos da jovem Samira ficaram ainda piores. Toda noite, ao fechar seus olhos, a escuridão tomava conta dela. Mas não era uma escuridão comum, era pesada e fria, como se não houvesse nada ali. E então aquela criatura aparecia. Era um homem, seus ossos aparecendo sobre a pele puxada, completamente nu e careca. Onde deveriam estar seus olhos havia duas órbitas vazias, como se eles tivessem sido arrancados, e sua boca tinha sido costurada em um insano sorriso eterno. Nos primeiros encontros, sentira pavor daquilo, mas ele nunca lhe tinha feito mal. Era seu guia. Ele a guiava pela escuridão até que ficasse mais clara. Mas o que via não era melhor. Passava por portões negros, para dentro das ruínas carbonizadas de uma cidade, impossível de dizer se era nova ou velha. Ali a escuridão estava viva, em formas indistintas cujos sorrisos eram as únicas coisas que pareciam reais. E havia pessoas. Pessoas que eram rasgadas pelas sombras, gritavam por piedade e tentavam correr, embora soubessem que não havia salvação. O estranho homem passava por elas sem se importar, e a guiava até o centro do lugar, onde estava o Palhaço. Era um homem de sorriso zombeiro e riso demente, com a maquiagem de palhaço borrada e pernas de bode que estalavam nas pedras. - Eles vêm pra cá, por que merecem estar aqui – dizia ele a garota entre risos. – Mas você não merece estar aqui. Não quer vir pra cá, então não durma! Era nessa hora que Samira acordava chorando. Mas não havia nada que pudesse fazer, já havia freqüentado todos os psicólogos, todos os terapeutas, e de nada adiantava. Toda noite, quando dormia, era levada pelo guia cego até o palhaço e ouvia as mesmas palavras que a faziam acordar apavorada. Uma noite, ainda seguindo o fiel guia, resolveu fazer-lhe uma pergunta. - Por que sempre está rindo, se não é feliz? O guia virou-se para ela, os buracos de seus olhos quase voltados na sua direção, mas não respondeu. Não podia falar. Então virou-se para a frente de novo e recomeçou a andar. Samira o seguiu, mas segundos depois, ele desapareceu. A garota entrou em pânico, olhando a volta à procura de seu guia, mas via apenas as sombras e suas vítimas. Parou, chorando de medo, rezando para acordar, mas continuava ali. Então ouviu os passos. Toc-toc-toc, o som de cascos batendo na pedra e chegando mais perto. O palhaço dos cascos de bode apareceu ao seu lado, com um grande sorriso maldoso. - Boa notícia – disse ele – Você merece vir pra cá. Vou te levar pra um passeio comigo pela minha terra. Samira deu um grito de pavor, dando-lhe as costas e desatando a correr. Forçava-se a ir mais rápido, como nunca em sua vida, mas os cascos estavam sempre próximos a ela. Depois de muito tempo correndo, acabou tropeçando e caiu. Quando levantou o rosto, o Palhaço estava a sua frente. - Deixe-me ver esses braços. - pediu, antes de segurar seus braços e com as longas unhas, cortar seus pulsos. - Pra você vir mais rápido, amorzinho. Você tem uma missão, merece vir pra cá. Quando viu o sangue escorrendo, Samira gritou ainda mais assustada, acordando. Por um segundo pensou que estava a salvo, mas então viu seu lençol manchado de sangue e os pulsos abertos. Seus pais entraram logo depois, e a levaram para o hospital. Os médicos cuidaram dos cortes, e a polícia interpretou aquilo como uma tentativa de suicídio, pois não era possível que alguém tivesse entrado na casa. Ou que um palhaço de seus pesadelos a atacasse em sonhos. Samira decidiu que nunca mais dormiria, para nunca voltar para aquele mundo de terror. Começou a tomar remédios para manter-se acordada, e nos anos que se seguiram, acabou se viciando neles. Com dezoito anos, não conseguia sair de casa, tampouco cursar a faculdade, apesar de sempre ter sido uma ótima aluna. Tudo para ficar longe dos demônios e de seus sorrisos diabólicos. Um dia, ficou sozinha em casa, e ao descer para a cozinha, encontrou o palhaço lá. Estava sonhando acordada. - Vou esfaquear seus pais. – ele disse, passeando em volta do fogão. – Você tem problemas, vão colocar a culpa em você. Vai ser divertido, não vai? Ele começou a rir, enquanto Samira chorou. Correu para o banheiro e abriu a caixa de remédios no chão. Todo o seu conteúdo se espalhou pelo chão, enquanto ela pegava desesperada três potes de pílulas. Entrou na banheira e tomou os remédio de uma vez. Fechou os olhos e nunca mais acordou. Quando seus pais voltaram e a encontraram, pensaram que a filha enfim conseguira se matar, e se sentiram culpados. Mas concordaram que ela estava em um lugar melhor agora, longe de tudo o que a apavorava. Como estavam errados. Eu estou com medo. Voltando para o mundo da escuridão, enquanto alguma coisa arranha a porta do meu quarto tentando entrar, me impedindo de fugir. O Palhaço disse que mereço estar aqui, para que descreva o que vejo pela janela. O que eu vejo são monstros de sombra torturando pessoas, com seus sorrisos malignos. E vejo Samira. Ela me contou sua história quando apareci lá pela primeira vez, vagando por aquele mundo. No começo, eu a achava muito bonita, mas logo apareceu careca e nua, implorando por ajuda. Eu tentei lhe explicar que não podia fazer nada, só podia ir para lá quando dormia, e, não sei explicar, achava que isso deixaria o palhaço furioso. Dias depois, seus olhos haviam sido arrancados. - Eu quero ver! – ela gritava para mim, mas sem me ver. – Eu preciso da luz! Da luz... Logo depois, apareceu com sua boca costurada em um sorriso assustador, e nunca mais falou nada. Mas isso já faz muito tempo, agora ela simplesmente vaga, sempre pelo mesmo caminho, mesmo sem ver, levando outras crianças até o palhaço. Elas a seguem, talvez porque sabem que ela um dia já passou por isso. Mas acho que Samira se esqueceu desse tempo. Acho que se acostumou a ser só mais uma criatura amaldiçoada a vagar sem ver, sem pedir ajuda. Condenada a sorrir naquele mundo do mal. O Palhaço diz que vou acabar como ela, se me pegar. Por isso tranco a porta e me escondo na cama. Ouço um rangido de porta sendo aberta. Toc-toc-toc. Viro-me e vejo seu sorriso maligno. Toc-toc-toc Eu não mereço me transformar em algo como Samira. Toc-toc-toc A minha história está acabando, mas ainda posso avisá-lo. Fique longe dos guias. Fique longe da escuridão. Fique longe do Palhaço das Pernas de Bode. Não durma.
Sozinho, estou a desejar;
Talvez, alguém a encontrar;
Que me ouça cantar;
Que me faça sonhar.
Todas as noites de luar;

Em sua companhia,
quero estar; Sentindo em seu olhar;
A luz de me apaixonar.
Se distante estiver;

Não pense em sofrer;
Somente em me ver;
Para eternamente viver.
Teu coração, ao meu irei juntar;

Para nunca mais separar;
Alcançando o sublimar;
Do verdadeiro amar.
(a.d)

Meu coração

MEU CORAÇÃO
Meu coração,francamente não te entendo.
Estás localizadoabaixo da minha cabeça e,
no entanto, estás sempre voando
enquanto a minha cabeça
fica sempre com os pés no chão.
Caminhas ao lado das minhas melhores
emoções mas, muitas vezes,
complicas a minha vida
quando andas de braços
dados com as minhas adolescentes paixões!
Toma jeito!Não...É melhor continuar louco,
pois são as tuas loucuras
que me trazem a felicidade.
(Orlando Vaz Carneiro)