Amor e Caridade




Encontramos aí um abismo entre as duas definições e me pergunto de que lado estou.
Eu acredito que pessoas nasçam ou não caridosas, desde os tempos do homem selvagem,
É da natureza de cada um. Mas chamar de afeto piegas e paternalista é um pouco de exagero, embora não discorde totalmente dessa afirmação, afinal em nome de “Deus” comete-se muita caridade, numa forma discreta de despotismo.
E os cristãos pregam ainda que :
“a caridade é a virtude teologal pela qual amamos a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos por amor de Deus.
A caridade é «o vínculo da perfeição» e o fundamento das outras virtudes, que ela anima, inspira e ordena: sem ela «não sou nada» e «nada me aproveita»
(Compêndio do Catecismo da Igreja Católica.)”.
Que me perdoe a Igreja, mas vejo a Caridade como um gesto ou uma atividade laica,Madre Teresa exemplo de caridade abnegada.
Porque em questões que envolvem toda uma sociedade, o pensamento crítico racional me parece mais eficaz que a manifestação da fé.
O minha noção de caridade difere um pouco das definições católicas e morais. É bem mais íntima, simples e sutil. Como um professor que pacientemente abre um novo horizonte para aquele aluno tido como caso perdido.Como o vizinho que você vê toda manhã, e que mal conhece,mas que vem prestar-lhe solidariedade num momento de aperto.
Como a moça que vendo uma criança passando frio na rua tira seu próprio casaco para aquecer aquele frágil e pequeno pedaço de gente, mesmo sabendo que nunca mais irá ver aquele seu casaco favorito.São inúmeros os exemplos de pessoas normais movidas por uma caridade natural.
Quando a caridade é muita eu desconfio, pois pode tratar-se de um disfarce da vaidade.
Quem imaginaria prepotência maior do que ser caridoso em troca de reconhecimento?
Ou mesmo um lugar garantido no céu.

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