Adeus poesia!
Como saber dos desígnios,
da roda do destino
Do fio de esperança que costurei não obstante
Das amarras e travas da alma,
amargo desatino
Das horas que perdi pois esperei,
...desgastantes
Fui esquecida e o tempo tragou-me o viver
Papiros e pergaminhos não relatam a estória
Sem viço, sem branco riso, nada a bendizer
O umbral me aguarda apesar dessa sinestesia
Alaridos ecoam das dores calcinadas, putrefatas
Pó...Cinza que me trouxe e que breve me levará
Morta viva e a orbitar nos meus olhos de primatas
Um alguém que muito amei e que nunca saberá!
E o lirismo enterro agora na mais funda das covas
Ensaio um adeus para a única e fiel amiga,
a poesia Versos tristes apesar de a noite surgir com lua nova
Nada me traduz, arrasto minha cruz, eterna agonia!
(A.D)
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