->Tsunami
Revoltou-se o mar!
De suas entranhas explodiu o terror
No desabrochar violento das águas
Corrompendo a nossa paz
Despedaçando esperanças
Ceifando vidas(Quantas vidas interrompidas...)
O poeta, em seu triste canto,
disse:- Como não chorar?
Eu reafirmo: - Há que se chorar!
No entanto, é seco o meu pranto
Como ignorar as imagens de pessoas gritando?
Alucinadas, chorando...Desvalidas...
Crianças perdidas e mães
braços carentes, vazios...
Homens desesperados, impotentes
Ante a magnitude do assalto
Dor profunda!
E o homem tão pequeno...
Prisioneiro da cena
Da imperiosa destruição Suspenso,
no espanto, mudo
O pavor estampado na face
A incredulidade...O grito que escapa,
os lamentos...Na fúria das águas,
a devastação No refluxo,
os corpos tragados inertes, ou não.
Foram varridos milhares!
Roteiro monstruoso de vítimas traçou
Na passagem das gigantescas ondas
A impiedosa Rainha assomou
Sacudindo toda a costa e findou
Findou o desatino, o maremoto
Deixando um rastro de horror.
Agora resta o labor, a busca
A cura e a luta contra as infecções e epidemias
Outra rota de sofrimentos...
E dizem que tudo é passageiro
Essas ondas não passarão jamais
Escreveram uma história dura demais
Muitas desventuras ficaram
Não serão recuperadas as
lágrima sem que foram lavadas tantas perdas.
Senhor!
Acolhe em seu seio todas as vítimas Maria,
segura em seu colo nossas criancinhas
Abençoa, Pai, os que se salvaram
Perdoa-lhes o choro e conforta-lhes a dor
Ajuda-nos a ajudá-los.
Amém!
(a.d)

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